TÂNIA
MONTEIRO, LEONENCIO NOSSA; ADRIANA FERRAZ E DIEGO ZANCHETTA - Agência Estado
A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva se encontram na próxima sexta-feira (25), em São Paulo,
depois das comemorações do aniversário da cidade. No mesmo dia, Dilma também
tem encontro marcado com o prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), e com o
governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB).
A reunião entre Dilma e Lula acontece após a
"volta" do ex-presidente ao centro do debate sobre a sucessão
presidencial. Auxiliares próximos de Dilma afirmam o mesmo que Paulo Vanucchi,
ex-mininistro de Lula que hoje trabalha no instituto do ex-presidente: a ação
política de Lula têm por objetivo manter a aliança com o PMDB e o PSB, e
assegurar a continuidade do arco de sustentação, num momento em que a economia
não tem mais a mesma folga de antes.
Lula estaria tentando garantir a "segurança
política". Isso significa, na avaliação do Planalto, manter o PSB do
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, no arco de aliança petista. O
entendimento é o de que não se pode deixar Campos se desgarrar neste momento e
que o governo não pode deixar crescer uma liderança de oposição, ainda mais um
político que tem base no Nordeste, região que ajuda a segurar a votação e a
popularidade da presidente.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, avalia
que Lula é o articulador da base aliada para a eleição presidencial e para as
disputas estaduais. "O presidente Lula tem de ser sempre considerado.
Quando ele dizia que o Haddad era uma opção em São Paulo, a imensa maioria dos
atores políticos afirmava que isso era um absurdo", afirma. As informações
são do jornal O Estado de S.Paulo.
Prefeitura
Para o encontro de Dilma com Haddad - que também
faz aniversário na sexta-feira -, o governo federal preparou uma agenda
positiva com a entrega de unidades habitacionais e ambulâncias, além de
anúncios de parcerias nas áreas de Educação e Saúde. A expectativa é que Dilma
anuncie oficialmente a construção de um câmpus da Universidade Federal de São
Paulo e de um Instituto Federal de Ensino.
Dilma também reforçará a intenção de repassar R$
200 milhões à capital para a construção de 172 creches. A verba está liberada e
depende apenas da indicação das áreas pela Secretaria Municipal da Educação.
Encontrar os terrenos para iniciar as obras é uma das prioridades da gestão
Haddad, que contará com a ajuda do governo estadual. Na área da Saúde, há ainda
a expectativa de que a presidente anuncie uma parceria para a implementação da
Rede Hora Certa, promessa de Haddad para reduzir as filas de exame e de
pequenas cirurgias na rede municipal.
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