Como Pedro Eugênio vê os 33 anos do PT

                         
 Do deputado federal e presidente regional do PT, Pedro Eugênio, a coluna recebeu ontem a carta a seguir: “Prezado jornalista, o PT não comemora 23 anos, como saiu publicado em sua Coluna, mas sim 33. Foi fundado quando o nosso país ainda se encontrava sob o manto do autoritarismo do regime militar. O partido comemora também os 10 anos que governa a nação, e o faz com razão, pois não fizemos somente ‘coisas boas para o país e o seu povo’, como você diz, timidamente.

Após os 10 anos, podemos e devemos comemorar uma radical mudança no modelo de crescimento do país, que passou a incorporar a inclusão social e econômica de nosso povo como elemento essencial do processo de desenvolvimento. Milhões de brasileiros têm sido beneficiados. Você diz que o partido “afrouxou as rédeas contra a corrupção”, o que não corresponde a realidade. Ao contrário, nunca se combateu tanto a corrupção como nos governos chefiados pelo PT.

Lembra-se do ‘engavetador geral da República’, que arquivava as denúncias contra o governo do PSDB? Por isso, estamos comemorando com alegria os 10 anos de governo do PT e os nossos 33 anos de vida. E estamos prontos para discutir acusações que nos fazem, inclusive na Justiça. Pois, se de um lado decisão judicial se cumpre, de outro cabe à sociedade discutir decisões que visam a criminalizar um partido político que mudou para muito melhor a face do Brasil e do seu povo” .

Processo 1 - Assim que o TSE decidiu, por 5 vo­tos contra 1, devolver ao TRE de Pernambuco o recurso por meio do qual o DEM de Belo Jardim pede a cassação do mandato do prefeito João Mendonça (PSD), este telefonou para o advogado Eduardo Alckmin a fim de agradecer-lhe.

Processo 2 - Alckmin, um dos advogados eleitorais mais caros de Brasília, atuou no processo por indicação do PSDB (Sérgio Guerra). Já o advogado Fer­nando Neves, que pediu a cassação do mandato do prefeito e não fica atrás em matéria de “honorários”, foi indicado pelo DEM.

É federal - A passagem de Eduardo Cam­pos por Timbaúba, ontem (a 2ª em 10 dias), serviu para turbinar ainda mais a candidatura do prefeito Ma­rinaldo Rosendo (PSB) a deputado federal. Ele fará dobradinha em vários municípios da Mata Norte com Guilherme Uchoa (PDT), que vai para o 5º mandato consecutivo de deputado estadual. Tem votos para ser federal, mas não quer.

O sigilo - Dilma Rousseff não conversou com nenhum governador sobre a Medida Provisória 595 que transfere para a iniciativa privada, mediante regime de concessão, a administração dos principais portos do Brasil, entre eles o de Suape. Nem o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, que é filiado ao PSB e ligado a Ciro e Cid Gomes, deu ciência do fato a Eduardo Campos.

A presença - Embora seja “cristão novo” no PT, o deputado Odacy Amorim foi ontem a SP para participar da festa comemorativa dos 10 anos da presença do partido à frente do governo federal. A finalidade da festa foi gerar boas imagens à campanha de Dilma à reeleição.

É tarde - O carnaval terminou já faz 10 dias. Mas somente ontem, estranhamente, a prefeitura de Ar­coverde e os representantes da área de segurança convocaram uma coletiva de imprensa para fazerem o balanço da folia. Ainda bem que não ocorreu nenhuma ocorrência grave.

O portador - Como deputado do “MDB autêntico”, Fernando Lyra foi um dos primeiros políticos da oposição a visitar Arraes no exílio. O encontro ocorreu em Paris, após o que o ex-governador pediu-lhe um favor: transportar numa pequena sacola a importância de cinco mil dólares para serem entregues à sua mãe, Benigna, que morava no Crato (CE) em companhia de três filhas.

O quórum - Se não houver desistência de última hora ou caso de doença grave, todos os 184 prefeitos pernambucanos vão estar hoje em Gravatá para participar de um encontro com o governador Eduardo Campos. O do Recife, Ge­raldo Júlio (PSB), fará uma palestra sobre “gestão” para os colegas.

Os iguais - Cristovam Buarque (PDT-DF) se diz “curioso” para saber qual a diferença entre a proposta do PT e a do PSDB para o futuro do país. Isso poderia ter começado, ontem, disse ele, durante os discursos de Aécio Neves (PSDB-MG) e Wellington Dias (PT-PI). Mas ambos se mostraram iguais.